19 de março de 2021

Resenha: MIRAI


Pôster Oficial

Demorei mas finalmente fiz esse post, na verdade me enrolei em algumas coisas antes de postar essa resenha e olha que ela antes estava bem maior. Enfim, mais um filme do aclamado diretor Mamoru Hosoda (O Rapaz e O Monstro e Summer Wars) que deu o que falar e quando se trata desse carinha ai já sabemos que a obra está cheia de lições em um universo leve. Sendo assim Mirai não fica de fora e traz uma história de reconstruir diariamente os laços familiares perdidos no cotidiano mas numa perspectiva um pouco diferente, de uma criança entre de 5 anos.

A chegada

A trama gira em torno de uma família japonesa simples, tendo como filho o pequeno Kun-chan, o nosso protagonista. Mas logo no início, o menino descobre que terá uma irmãzinha, a quem acaba batizando de Mirai que por coincidência o nome significa futuro em japonês. Entretanto, a chegada da caçula na casa acaba deixando Kun-chan morrendo de ciúmes, uma vez que ela passa a receber todas as atenções e ao mesmo tempo, os pais se desdobram para tentar cuidar da pequena recém-nascida e assim a família se depara com suas próprias fraquezas em conseguir lidar com uma rotina de trabalho, cuidar da casa, dois filhos pequenos e um cachorro.

Kun-chan fazendo birra

Esse cachorro é uma figura rsrs

A cara do cachorro de quem tá feliz que vai ganhar comida boa

Em um momento de tristeza por estar se sentindo de lado, o pequeno protagonista tem um vislumbre de se aventurar em um papo divertido com seu cachorro até viajar para passado da família e a partir desse instante passar por varias situações, tipo  viagem no passado até uma viagem no futuro de sua árvore genealógica. O pior de tudo que ele acaba conhecendo a pequena Mirai do futuro, que por sua vez ela o ajuda a criar empatia pela irmãzinha e pelos pais.

Mirai do futuro (futuro do futuro, parei rsrs)

O longa transborda carisma em vários pontos, mas o que mais chama atenção a forma como é retratada a inocência e a imaginação de uma criança. Além disso o filme vem com varias cenas divertidas e ao mesmo tempo emocionantes, tudo isso com muito capricho do studio chizu e da direção que mistura uma animação fluida com um design simples e paisagens maravilhosas onde carrega
 toda sutileza de uma paleta de cores alegres, suaves e ao mesmo tempo vibrantes.




Mirai não é uma obra incrível apesar de ter concorrido ao Oscar de melhor animação mas fez jus a seu nome pois é recheado de pequenas mensagens sobre o valor da família e a criação de laços afetivos entre as gerações futuras, e o que podemos aprender com elas. E apesar de conter elementos sobre viagens temporais, em nenhum momento a história se torna difícil de compreender, muito pelo contrário ela é simples e direta.

Mirai e Kun-chan

Com isso percebemos ou no meu caso que cada viagem no tempo que é feita o protagonista amadurece um pouco e de alguma forma apesar do tamanho e da idade ele entende tudo a sua volta e assim vai resgatando sua conexão com os pais, onde também ele aceita o seu papel de irmão mais velho de Mirai. Entretanto enxergamos também que em qualquer ambiente familiar, Mirai como exemplo se esforça para nos mostrar que um menor desvio de atenção em um dos integrantes pode desencadear uma ruptura na família. Ou seja não adianta você tratar um melhor que o outro, quando se tem mais de um filho todo amor dividido é valido.  Acrescentando o que já tinha mencionado antes, Mirai é um bom filme que também tem uma ótima trilha sonora, e é o tipo de filme que você assiste junto com a família.